Educação de Aracaju realiza Festival Paralímpico em parceria com UFS e Comitê Paralímpico Brasileiro
Publicado em 16/06/2025 as 05:40

Uma manhã de lazer, educação e muito esporte, assim foi a edição 2025 do Festival Paralímpico, que aconteceu na Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campi São Cristóvão. Oitenta estudantes da educação especial, com idades entre 7 e 21 anos, participaram das ações. O evento, que já faz parte do calendário de promoção da atividade física especializada para crianças com deficiência, promoveu as práticas de vôlei sentado, parabadminton, jogos populares, entre outras práticas esportivas e de lazer. Os pais e responsáveis que estiveram com seus filhos contaram com um espaço reservado para palestras e oficinas voltadas ao dia a dia com as crianças.
A secretária municipal da Educação de Aracaju (SEMED), Edna Amorim, compareceu ao evento: “A SEMED, em parceria com a UFS, promove esse evento em nível nacional, com aproximadamente 80 alunos da educação especial, em um trabalho conjunto entre coordenadores, professores e familiares. Estamos felizes em ver o brilho nos olhos e o sorriso de cada criança que aprende também através do esporte”, afirmou a secretária.
Segundo o coordenador do evento, professor da UFS Ailton Oliveira, o festival acontece no Brasil inteiro nesta mesma data e horário. Cada localidade possui um núcleo de atendimento e, em Sergipe, a Universidade Federal é o núcleo responsável por essa realização. “Quatro cidades juntaram-se para essa temporada: Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros. Nós convidamos alunos das redes municipais para formar grupos e organizar o festival.” Ainda de acordo com o coordenador, a prática esportiva direcionada e a dinâmica de ensino facilitam a compreensão dos alunos, que aprendem e se divertem ao mesmo tempo.
O coordenador de Educação Física e Esporte Escolar (COEFESP) da SEMED, Igor Sampaio, falou sobre a importância do evento : “Em 2025, são 80 participantes de 11 escolas, o público-alvo da educação especial, que imergiram dentro dos esportes paralímpicos, na perspectiva de vivenciar a prática de forma lúdica”, disse.
Os pais tiveram uma atenção especial, com espaços voltados para palestras e rodas de conversa, onde puderam partilhar suas experiências, desafios e objetivos na criação de seus filhos. Célia Souza Santos, 49, mãe da aluna Taiane Souza Santos, 12, que pratica natação e atletismo, falou da mudança na qualidade de vida da filha com a junção entre esporte e educação: “Minha filha pratica esporte regularmente há cinco anos. Para uma criança que tinha dificuldade em tomar banho, hoje é uma nadadora; possuía sérias limitações nas articulações das pernas, hoje faz atletismo. Isso já diz o quanto o esporte mudou a vida dela, a nossa vida. Por isso, quero parabenizar a Secretaria da Educação e, em especial, aos professores. Vocês fazem a diferença. Muito obrigado!”, disse, emocionada, Célia Souza.
Exemplo de superação e resiliência, a atleta do parabadminton, Maria Gilda Souza, 52, nasceu com paralisia infantil e não aceitava sua condição. Natural de Capela, mudou-se para Aracaju na adolescência, estudou na rede pública municipal e ingressou na UFS aos 38 anos para cursar Educação Física, onde foi apresentada ao esporte. Atualmente, é 1ª do ranking nacional e 12ª do ranking mundial. Já conquistou etapas internacionais e, através do esporte, conheceu 16 países. “A junção de esporte e educação — eles caminhando juntos — mudou a minha vida. O esporte é uma ferramenta de ressocialização, e a educação é o elo principal. Meu maior título é me aceitar como pessoa com deficiência e entender minha deficiência”, disse a campeã.
Fonte: PMA